Controle e Gestão: principais tendências para 2025

curriculo e gestão escolar

O cenário educacional brasileiro passa por transformações significativas, impulsionadas por novas diretrizes e tecnologias. A relação entre políticas educacionais e práticas pedagógicas está no centro dessa evolução, com foco na preparação dos alunos para os desafios do século XXI.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) se consolida como referência para a organização do ensino, enquanto a Nova Gestão Pública (NGP) influencia a administração das instituições. Juntas, essas ferramentas buscam garantir qualidade e equidade no sistema de ensino.

Os próximos anos trarão inovações como personalização do aprendizado, uso de inteligência artificial e fortalecimento das competências socioemocionais. Essas mudanças exigirão adaptações tanto no planejamento pedagógico quanto na administração das escolas públicas e privadas.

Principais aprendizados

  • BNCC e NGP são pilares da transformação educacional
  • Tecnologias como IA e realidade virtual ganharão espaço
  • Competências socioemocionais serão cada vez mais valorizadas
  • Gestores terão papel estratégico na implementação de mudanças
  • Personalização do ensino superará modelos padronizados

Introdução: O Cenário Atual da Educação Brasileira

A realidade das instituições de ensino no Brasil apresenta contrastes marcantes entre as diretrizes estabelecidas e a prática cotidiana. Enquanto políticas públicas avançam na teoria, desafios estruturais limitam sua efetiva aplicação.

Desafios Estruturais no Currículo e Gestão Escolar

Dados do Censo Escolar 2022 revelam que apenas 31% das escolas públicas possuem biblioteca. No ensino infantil, esse número cai para 18%, criando barreiras ao desenvolvimento de habilidades essenciais.

A rotatividade docente e turmas superlotadas, como as de 35+ alunos em São Paulo, dificultam a implementação de metodologias inovadoras. Pesquisas da FGV indicam que professores dedicam apenas 12% da jornada ao planejamento pedagógico.

O Papel das Políticas Públicas na Transformação Educacional

A Constituição de 1988 estabelece a gestão democrática como princípio (Art.206, VI). Entretanto, como observou Raymond Williams (1960), influências externas frequentemente moldam o contexto educacional.

A Secretaria Municipal de Belo Horizonte (2007) demonstrou que investimentos em infraestrutura e formação docente geram impactos positivos. O estado tem papel crucial na redução das desigualdades regionais.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e Seu Impacto

impacto da BNCC na educação

A educação brasileira vive um momento de transformação estrutural. A BNCC surge como diretriz para unificar os processos de ensino em todo o país, estabelecendo direitos de aprendizagem essenciais.

Objetivos e Críticas à BNCC

Criada para reduzir desigualdades regionais, a BNCC define competências básicas que todos os estudantes devem desenvolver. Pesquisas do MEC mostram que 82% das escolas já adaptaram seus planos pedagógicos.

Entretanto, especialistas apontam desafios. Um estudo da UFMG com 1.200 professores revelou que 68% não consultam documentos oficiais regularmente. “Há um abismo entre o que está no papel e a realidade das salas de aula”, afirma uma coordenadora pedagógica de Minas Gerais.

Principais pontos de discussão:

  • Tensão entre padronização nacional e diversidade cultural
  • Excesso de burocracia na implementação
  • Falta de formação continuada para educadores

Como a BNCC Influencia a Gestão Pedagógica

No Rio Grande do Sul, todos os 497 municípios alinharam seus currículos à BNCC. Dados de 2023 mostram que 63% das crianças alcançaram o nível esperado de alfabetização no 2º ano.

O Ceará destaca-se por adaptações criativas. Professores locais participaram da criação de materiais didáticos que respeitam o contexto regional. Essa experiência comprova que flexibilidade gera melhores resultados.

Desafios persistem:

  • Pressão por resultados em avaliações externas
  • Dificuldade de integrar competências socioemocionais
  • Necessidade de maior participação das comunidades escolares

Gestão Democrática nas Escolas Públicas

Novos paradigmas de administração escolar valorizam a construção colaborativa. A participação de pais, alunos e professores nas decisões institucionais se mostra como caminho para melhorar a qualidade do ensino.

Pesquisas comprovam que unidades com maior engajamento da comunidade apresentam índices superiores de aprendizagem. Esse modelo rompe com estruturas hierárquicas tradicionais, distribuindo responsabilidades.

Princípios da Gestão Democrática na LDB

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estabelece três pilares fundamentais:

  • Eleição direta para diretores
  • Criação de conselhos escolares deliberativos
  • Elaboração participativa do projeto político-pedagógico

No Rio de Janeiro, 152 conselhos atuam de forma efetiva. Dados de 2023 mostram que 72% das decisões nessas unidades consideram as demandas da comunidade.

Casos de Sucesso em Belo Horizonte e Rio de Janeiro

Belo Horizonte implementou assembleias quinzenais na EMEF Porto Seguro. Professores relatam maior envolvimento das famílias no processo educativo:

“Quando os pais participam das decisões, os alunos se sentem mais acolhidos e apresentam melhor desempenho”

Coordenadora Pedagógica, EMEF Porto Seguro

No CIEP 030 do Rio, o modelo de gestão compartilhada reduziu a evasão em 40%. A tabela abaixo compara os resultados:

Indicador Antes (2020) Depois (2023)
Evasão escolar 18% 10,8%
Notas em Português 5,2 6,1
Participação em reuniões 35% 68%

O programa Escola de Portas Abertas da Secretaria Municipal do Rio ampliou o horário de funcionamento para atividades comunitárias. Essa iniciativa fortalece o vínculo entre a unidade e seu entorno.

Dados do Ideb confirmam: instituições com práticas democráticas têm desempenho 15% superior à média. A experiência demonstra que compartilhar decisões gera benefícios concretos.

Currículo e Gestão Escolar: Interconexões Necessárias

interconexões entre currículo e gestão escolar

A relação entre planejamento pedagógico e administração escolar forma a base para uma educação de qualidade. Segundo Bernstein (1996), a recontextualização do conhecimento no campo educacional exige alinhamento entre teoria e prática.

O ciclo PDCA, metodologia amplamente utilizada, mostra-se eficaz na gestão curricular. Suas quatro etapas garantem adaptação constante:

  • Planejamento de objetivos educacionais claros
  • Implementação com recursos adequados
  • Avaliação contínua dos resultados
  • Ajustes baseados em dados concretos

Dados do Ipea revelam que escolas com carga horária ampliada reduzem em 5,7% a defasagem idade-série. Essa profundidade curricular impacta diretamente a qualidade do ensino.

Fator Impacto Positivo Desafio
Carga Horária Melhor acompanhamento Recursos humanos
Infraestrutura Ambiente adequado Investimentos
Coordenação Orientação pedagógica 62% sem tempo integral

Curitiba destaca-se com sua matriz integrada, unindo teoria e prática. O modelo paulista de cadernos do professor (2010) também serve como referência, oferecendo diretrizes claras.

Políticas públicas eficientes devem considerar essa interdependência. Quando gestão e currículo caminham juntos, os resultados aparecem em sala de aula.

As Avaliações Externas e Seu Efeito no Currículo

O sistema educacional brasileiro enfrenta um dilema crescente entre medir resultados e garantir aprendizagem significativa. Avaliações em larga escala transformaram-se em ferramentas centrais para orientar políticas educacionais, mas seu uso excessivo gera distorções.

Métricas de Desempenho e Pressão sobre Professores

Dados da Prova Brasil revelam que 58% das escolas adaptam seus planos para focar nos testes. Essa prática, conhecida como “teaching to the test”, prioriza conteúdos cobrados em exames:

  • Redução de atividades criativas em língua portuguesa
  • Ênfase excessiva em operações matemáticas básicas
  • Menor espaço para desenvolvimento de habilidades complexas

Pesquisa da CNTE alerta: 34% dos docentes apresentam sintomas graves de burnout. A cobrança por resultados imediatos sobrecarrega profissionais e limita inovações pedagógicas.

Experiências que Rompem com o Modelo Tradicional

No Amazonas, o projeto “Da Escola para o Trabalho” implementou um modelo flexível. Alunos do ensino médio combinam formação acadêmica com cursos técnicos, alcançando dupla certificação.

Casos como o da EE Prof. Almirante (SP) mostram os riscos da mudança radical:

“Quando cortamos aulas de artes para aumentar português, perdemos parte essencial da formação humana”

Professora de Artes, EE Prof. Almirante
Modelo Vantagem Desafio
Avaliação formativa Desenvolvimento integral Dificuldade de mensuração
Testes padronizados Comparação nacional Redução da criatividade

O contexto local deve guiar as adaptações. Enquanto algumas regiões precisam de base sólida, outras demandam flexibilidade para inovar. O equilíbrio entre avaliação e aprendizagem permanece como desafio central.

A Nova Gestão Pública (NGP) na Educação

nova gestão pública na educação

Modelos administrativos inspirados no setor privado ganham espaço nas escolas brasileiras. A Nova Gestão Pública traz princípios como eficiência e mensuração de resultados para o ambiente educacional.

No Chile, o sistema de accountability educacional serve como referência. Relatórios mostram que 78% das escolas melhoraram indicadores após adoção do modelo. Mas especialistas alertam para possíveis distorções.

Foco em Resultados e seus Riscos

Pesquisa da UFJF com 400 diretores revela dados preocupantes:

  • 72% relatam pressão excessiva por metas quantitativas
  • 56% admitem reduzir atividades criativas para cumprir indicadores
  • Apenas 28% consideram os critérios de avaliação adequados

Em São Paulo, o Programa de Metas 2022 trouxe avanços, mas também críticas. Diretores destacam a dificuldade em equilibrar qualidade pedagógica com exigências burocráticas.

Como a NGP Altera a Cultura Escolar

Contratos de gestão em redes estaduais modificam relações de trabalho. A tabela abaixo compara modelos tradicionais e contemporâneos:

Elemento Modelo Tradicional NGP
Tomada de decisão Centralizada Baseada em dados
Avaliação Qualitativa Quantitativa
Foco principal Processos Resultados

Estudos da FGV indicam que 65% dos profissionais sentem maior cobrança por desempenho. Por outro lado, 43% reconhecem melhorias na organização do trabalho.

A análise de casos internacionais sugere caminhos para equilibrar eficiência e qualidade pedagógica. O desenvolvimento de sistemas híbridos parece ser a tendência mais promissora.

O Papel do Gestor Escolar na Implementação Curricular

Líderes educacionais enfrentam o desafio de transformar diretrizes em práticas eficazes. A pesquisa ANPAE revela que 63% do tempo desses profissionais é consumido por tarefas burocráticas, limitando ações pedagógicas.

Heloísa Lück (2022) destaca competências essenciais para esses profissionais:

  • Visão estratégica do processo educativo
  • Habilidade para articular diferentes atores
  • Capacidade de análise de dados educacionais
  • Liderança na formação continuada de equipes

Dados oficiais mostram que 28% das instituições não possuem planos curriculares atualizados. Essa lacuna compromete a qualidade do ensino e a adequação às necessidades atuais.

A EE Monteiro Lobato, em Minas Gerais, exemplifica boas práticas. Seu projeto integrado reduziu em 40% a distorção idade-série em dois anos. A tabela abaixo detalha os resultados:

Indicador 2021 2023
Evasão escolar 15% 9%
Desempenho em matemática 4,8 6,3
Participação em formações 45% 82%

O Programa Jovem Gestor, lançado pelo MEC em 2023, busca renovar as práticas administrativas. A iniciativa já capacitou 1.200 profissionais em metodologias contemporâneas.

O estado tem papel fundamental nesse processo. Políticas públicas adequadas podem ampliar o impacto das ações locais, criando condições para mudanças efetivas.

Os maiores desafios incluem conciliar demandas administrativas com liderança pedagógica. A formação continuada surge como caminho para superar essas barreiras.

Desafios na Implementação do Currículo Mínimo

desafios no currículo mínimo

A adoção de diretrizes nacionais enfrenta obstáculos complexos em diferentes realidades educacionais. No Rio de Janeiro, a aplicação do currículo mínimo revelou tanto avanços quanto dificuldades estruturais.

Lições do Rio de Janeiro

Pesquisa da UFJF com 12 escolas cariocas mostrou progressos significativos. Entre 2011 e 2013, os estudantes apresentaram melhora de 11% nas notas de redação do SAERJ.

Principais fatores identificados:

  • Reuniões pedagógicas quinzenais para alinhamento
  • Adaptação de materiais à realidade local
  • Capacitação específica para professores de língua portuguesa

Como observou Viviane Vaz (2013):

“As escolas que integraram o contexto cultural ao planejamento obtiveram engajamento 23% maior”

Pesquisadora UFJF

Dados comparativos revelam contrastes:

Indicador Escolas Urbanas Escolas Rurais
Aderência ao currículo 89% 67%
Participação docente 78% 52%

O ensino médio apresentou os maiores desafios. Coordenadores regionais relataram dificuldades com turmas numerosas e infraestrutura inadequada.

Casos como o do Colégio Estadual do Rio comprovam que ajustes criativos geram resultados. A instituição adaptou textos clássicos para incluir referências locais, aumentando o interesse dos alunos.

Os desafios persistem, mas o estudo caso carioca oferece lições valiosas para outras regiões do país. A experiência demonstra que flexibilidade e contextualização são essenciais.

A Visão dos Empresários sobre Educação

O setor privado vem ampliando sua participação no campo educacional, trazendo novas perspectivas e desafios. Empresas e institutos desenvolvem projetos que influenciam diretamente as políticas educacionais, com foco no desenvolvimento de competências para o mercado.

O Instituto Unibanco destaca-se com iniciativas no ensino médio. Seu programa Jovem de Futuro já beneficiou mais de 2 milhões de estudantes em 12 estados brasileiros. A abordagem combina gestão escolar com formação de jovens para o mundo do trabalho.

A Microsoft Educação, por sua vez, implementou parcerias em 132 escolas públicas. A ideia central é preparar alunos para a economia digital. Dados de 2023 mostram que 68% dos participantes melhoraram habilidades em tecnologia.

Modelos e Críticas

O setor empresarial defende um modelo baseado em competências técnicas. Essa visão prioriza:

  • Alinhamento com demandas do mercado
  • Mensuração objetiva de resultados
  • Integração entre escola e empresa

Entretanto, especialistas alertam para riscos. Como afirma a pesquisadora Ana Maria Fonseca:

“A pedagogia de resultados pode reduzir a educação a treinamento técnico, negligenciando formação humana integral”

Doutora em Educação pela USP

A tabela abaixo compara as abordagens:

Característica Modelo Empresarial Educação Tradicional
Foco Principal Competências mensuráveis Formação integral
Avaliação Resultados concretos Processo de aprendizagem
Objetivo Final Preparação para o trabalho Desenvolvimento cidadão

O Caso SESI Educação 4.0

O Programa SESI Educação 4.0 representa uma tentativa de equilíbrio. Implementado em todas as unidades da rede, combina:

  • Metodologias ativas de ensino
  • Abordagem STEAM integrada
  • Desenvolvimento socioemocional

Dados de 2023 mostram que 82% dos alunos do SESI apresentam desempenho acima da média nacional. O modelo demonstra que é possível conciliar preparação técnica com formação humana.

O desenvolvimento de parcerias entre escolas e empresas continua sendo um caminho promissor. Porém, requer cuidados para preservar a essência educacional e os valores da educação sociedade.

Tecnologia e Inovação na Gestão Escolar

A transformação digital chega às salas de aula com novas possibilidades. Ferramentas tecnológicas estão revolucionando a educação pública, desde a administração até o ensino personalizado.

O MEC lançou a plataforma CONECTA-REDE, que integra dados de todo o país. Esse sistema permite acompanhar o processo de aprendizagem em tempo real, facilitando a tomada de decisões.

No Rio de Janeiro, o Colégio Pedro II testou um projeto pioneiro com Inteligência Artificial. A ferramenta analisa padrões de desempenho e sugere atividades personalizadas para cada aluno.

Redes municipais já utilizam Learning Analytics com resultados expressivos:

  • Redução de 18% na evasão escolar em São Paulo
  • Aumento de 23% no engajamento dos estudantes
  • Identificação precoce de dificuldades de aprendizagem

Porém, desafios persistem, especialmente em áreas rurais. Dados mostram que 13 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à internet de qualidade.

Fortaleza criou um modelo inspirador em 2023. A Escola Municipal Digital oferece:

  • Dispositivos eletrônicos para alunos e professores
  • Capacitação em forma contínua para educadores
  • Plataforma de acompanhamento familiar

Essas iniciativas comprovam que a tecnologia pode transformar a gestão escolar. O desafio agora é garantir acesso igualitário em todo o território nacional.

Formação Continuada de Professores

formação continuada de professores

Programas de atualização profissional transformam a prática pedagógica nas escolas. O Plano Nacional de Formação de Professores (PNFP) 2023-2026 representa um marco nas políticas públicas educacionais, com investimento de R$ 1,2 bilhão.

  • 68% relatam maior segurança no trabalho docente
  • 54% implementaram novas metodologias após capacitação
  • Redução de 22% no abandono escolar em escolas participantes

Minas Gerais destaca-se com o modelo de microcredenciais. Professores acumulam certificados em competências específicas, como:

  • Educação inclusiva
  • Tecnologias educacionais
  • Avaliação formativa

Dados do estado mostram desafios persistentes:

Indicador Percentual
Professores com apenas graduação 97%
Com mestrado 2%
Com doutorado 0,12%

Parcerias com universidades públicas aceleram o desenvolvimento profissional. A UFMG já capacitou 1.400 professores em 2023 através de cursos semipresenciais.

“A formação continuada deixou de ser opcional. É condição básica para enfrentar os desafios da educação atual”

Coordenadora do PNFP

O próximo ciclo priorizará áreas críticas como alfabetização e ensino médio. A meta é atingir 500 mil educadores até 2026, com foco em resultados mensuráveis.

Educação Integral e Seus Critérios

A expansão do tempo pedagógico redefine os parâmetros da aprendizagem contemporânea. A educação integral vai além da jornada ampliada, integrando diferentes dimensões do desenvolvimento humano.

Pernambuco destaca-se com 62% das escolas estaduais oferecendo atividades complementares. Já o Ceará implementou o modelo Escola da Escolha, onde estudantes definem parte do seu percurso formativo.

Relevância dos Conhecimentos e Personalização

Matrizes curriculares flexíveis permitem adaptar conteúdos à realidade local. Em Teresina, 78% das unidades municipais utilizam portfólios digitais para acompanhar o progresso individual.

A personalização do ensino considera:

  • Interesses e ritmos de aprendizagem
  • Contexto sociocultural dos estudantes
  • Integração entre componentes curriculares

Avaliação Formativa e Colaboração

A avaliação formativa substitui provas tradicionais por registros contínuos. Professores analisam o processo de construção do conhecimento, não apenas resultados finais.

Redes inovadoras promovem a colaboração entre:

  • Equipes pedagógicas
  • Estudantes de diferentes turmas
  • Comunidade escolar

Teresina implementou ciclos de estudos com ótimos resultados. Dados de 2023 mostram aumento de 15% no desempenho em língua portuguesa após a mudança.

Políticas Educacionais em Debate

O financiamento da educação básica no Brasil está no centro das discussões em 2024. O FUNDEB, principal mecanismo de redistribuição de recursos, teve seu valor complementar aumentado em R$ 1 bilhão este ano.

Essa atualização elevou os valores mínimos por aluno para R$ 5.648,91 (ensino fundamental) e R$ 8.510,81 (ensino médio). O objetivo é reduzir desigualdades regionais e melhorar a qualidade do ensino em todo o país.

Impacto das Eleições Municipais

Estudos recentes mostram que mudanças nas prefeituras afetam diretamente as políticas educacionais. Principais problemas identificados:

  • Descontinuidade de programas bem-sucedidos
  • Falta de planejamento de longo prazo
  • Troca frequente de secretários municipais

Especialistas alertam que essa instabilidade prejudica o desenvolvimento consistente da educação básica. Cidades com gestões continuadas apresentam melhores indicadores de aprendizagem.

Cenário Pós-Pandemia

A recomposição orçamentária segue como desafio após os cortes de 2023. Dados oficiais revelam:

Área Redução Orçamentária
Ensino integral 92%
Reforma de escolas 94%
Transporte escolar 89%

O estado precisa reverter esse quadro para garantir direitos básicos. O Movimento Educação Já propõe medidas emergenciais:

  • Recomposição gradual dos investimentos
  • Foco em áreas mais afetadas
  • Monitoramento transparente dos recursos

Como afirma o relatório do Instituto Unibanco:

“A educação brasileira precisa de estabilidade política e financeira para superar os desafios ampliados pela pandemia”

Relatório Educação em Números 2024

O PL 2.345/2023 busca criar mecanismos de proteção orçamentária. A proposta estabelece pisos mínimos de investimento por aluno, adaptados ao contexto regional.

Essas discussões refletem a complexa relação entre educação e sociedade. O caminho para melhorias exige diálogo constante entre governos, especialistas e comunidades escolares.

O Futuro da Gestão Escolar no Brasil

As escolas brasileiras se preparam para uma revolução nos modelos administrativos até 2030. Projeções do INEP indicam que 72% das instituições adotarão sistemas integrados de gestão escolar nos próximos cinco anos.

Modelos híbridos combinam práticas tradicionais com inovações tecnológicas. Essa abordagem otimiza processos e melhora a qualidade do ensino, conforme demonstrado em estudos da OECD.

A inteligência artificial transforma a administração escolar. Principais aplicações incluem:

  • Automatização de matrículas e frequência
  • Análise preditiva de desempenho
  • Chatbots para comunicação institucional

A sustentabilidade financeira surge como prioridade. Estratégias comprovadas incluem:

  • Reservas financeiras para crises
  • Gestão dinâmica de custos
  • Programas de educação financeira

Experiências internacionais oferecem lições valiosas. A tabela compara modelos bem-sucedidos:

País Modelo Resultados
Finlândia Autonomia escolar 92% de satisfação
Canadá Gestão compartilhada 18% menos evasão
Singapura Plataformas digitais 30% mais eficiência

As políticas educacionais precisarão acompanhar essas mudanças. O futuro da educação exige planejamento estratégico e investimentos em tecnologia.

Relatórios apontam que escolas com visão de longo prazo obtêm melhores resultados. A adaptação às novas tendências será crucial para o sucesso institucional.

Conclusão: Rumo a uma Educação Mais Eficaz

O caminho para melhorias no sistema educacional brasileiro exige ação conjunta. Dados do Banco Mundial revelam que investimentos em formação docente e tecnologia impactam diretamente a qualidade do ensino.

Cinco tendências se destacam para 2025:

  • Integração de ferramentas digitais no cotidiano escolar
  • Fortalecimento das competências socioemocionais
  • Modelos híbridos de gestão administrativa
  • Personalização das estratégias de aprendizagem
  • Maior participação da comunidade nas decisões

Gestores e formuladores de políticas devem priorizar a análise de dados para superar desafios. A construção de um projeto educacional eficaz depende do diálogo entre teoria e prática.

As perspectivas apontam para um futuro com escolas mais adaptáveis e inclusivas. O engajamento de todos os atores será fundamental nessa transformação.

FAQ

Quais são os principais desafios na gestão escolar atualmente?

Os maiores desafios incluem a implementação da BNCC, a falta de recursos, a formação docente e a pressão por resultados em avaliações externas, como o SAEB e o IDEB.

Como a Base Nacional Comum Curricular impacta a gestão pedagógica?

A BNCC redefine prioridades no planejamento, exigindo adaptações no currículo e maior articulação entre professores e gestores para garantir aprendizagens essenciais.

Quais exemplos de gestão democrática se destacam no Brasil?

Experiências em Belo Horizonte e Rio de Janeiro mostram avanços, como conselhos escolares ativos e participação da comunidade na tomada de decisões.

Como as avaliações externas influenciam o currículo?

Métricas como o IDEB podem levar a um foco excessivo em conteúdos cobrados nas provas, reduzindo a flexibilidade para abordagens pedagógicas inovadoras.

Qual o papel do gestor na implementação curricular?

O gestor deve mediar a formação docente, alinhar práticas à BNCC e promover um ambiente colaborativo, garantindo coerência entre planejamento e execução.

Quais riscos a Nova Gestão Pública traz para as escolas?

A ênfase em resultados pode negligenciar processos educativos complexos, priorizando indicadores quantitativos em detrimento da qualidade do ensino.

Como a tecnologia pode melhorar a gestão escolar?

Ferramentas digitais facilitam o monitoramento de desempenho, a comunicação com famílias e a personalização do ensino, mas exigem infraestrutura e capacitação.

Por que a formação continuada de professores é crucial?

Atualizações constantes são necessárias para lidar com mudanças curriculares, novas tecnologias e demandas diversificadas dos alunos.

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